Sunday, August 19, 2007

Um dia desses...

Na quinta-feira passada eu estava no ônibus chegando ao ponto perto da Molduraria Rio Vermelho e vi você... lindo como sempre, vestindo a mesma camisa que usou em seu aniversário... te confesso que fiquei tão...tão... não seio o quê, que nem consegui descer no ponto... era um misto de vontade de descer e te tocar com o medo de seu repúdio... Sinto tanto sua falta... queria tanto te ver de novo... Acredito que será pra sempre assim. Eu te vendo passar sem deixar que você me note e essa saudade me corroendo até o findar dos tempos...




Ainda te amo, viu? Mas vivo na esperança de ver esse amor passar.... Quem sabe me curar de você...


Soneto da separação


De repente do riso fez-se o pranto

Silencioso e branco como a bruma

E das bocas unidas fez-se a espuma

E das mãos espalmadas fez-se o espanto.


De repente da calma fez-se o vento

Que dos olhos desfez a última chama

E da paixão fez-se o pressentimento

E do momento imóvel fez-se o drama.



De repente, não mais que de repente

Fez-se de triste o que se fez amante

E de sozinho o que se fez contente.


Fez-se do amigo próximo o distante

Fez-se da vida uma aventura errante

De repente, não mais que de repente.


Vinícius de Moraes

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