Um dia desses...
Na quinta-feira passada eu estava no ônibus chegando ao ponto perto da Molduraria Rio Vermelho e vi você... lindo como sempre, vestindo a mesma camisa que usou em seu aniversário... te confesso que fiquei tão...tão... não seio o quê, que nem consegui descer no ponto... era um misto de vontade de descer e te tocar com o medo de seu repúdio... Sinto tanto sua falta... queria tanto te ver de novo... Acredito que será pra sempre assim. Eu te vendo passar sem deixar que você me note e essa saudade me corroendo até o findar dos tempos...
Ainda te amo, viu? Mas vivo na esperança de ver esse amor passar.... Quem sabe me curar de você...
Soneto da separação
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
Vinícius de Moraes
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